Tive oportunidade de seguir atentamente o congresso e pude concluir que a grande aposta dos socialistas para as próximas legislativas é o público que esteve em coma nos últimos seis anos e os corruptos.
É difícil para Sócrates saber que dentro do partido nem todos remam para o mesmo lado, exemplo disso é de Ana Gomes, a euro deputada que devido ao jet leg das viagens que faz regularmente apenas conseguiu discursar por volta da meia noite. O seu público durante o discurso fui eu e os quatro militantes que ainda tinham esperança de que fosse servido um cocktail final. Não consigo precisar as palavras da socialista porque estava a alterna-la com as televendas, mas do que vi percebo claramente a hora madrugadora do encerramento do congresso.
O momento alto do congresso deu-se hoje (Domingo) com o discurso de José Sócrates que encerrava a cerimónia. Mas o cerne da questão não foi o discurso, foi o espectáculo audio visual que o precedeu. A melhor explicação para situar a espectacularidade do momento é a seguinte, entre um 'pum' de Alberto João Jardim e uma colisão frontal de dois camiões cisterna cheios de explosivos artesanais. Foi mais ou menos isso.
E da maneira como eram lançadas as salvas de palmas também desconfiei de onde é que o ditador Norte Coreano foi buscar adeptos falsos para apoiar a sua selecção no último mundial de futebol.
Desde o último 23 de Março a palavra 'desvalorização' tem sido desvalorizada, aliás, vão deixar de haver José's em Portugal, o nome da moda agora é Desvalorizado da Silva Ferreira, por exemplo.
Portugal está quase no mesmo degrau da Grécia e Irlanda. O país de Saint Patrick desvalorizou tanto que os U2 passaram a U1, assim como no país helénico que passou de Campeão Europeu em 2004 para... nada. Tiveram de derreter o material de que era feito a taça para pagar dívida externa.
Em Portugal confirmou-se a previsão, a inteligência dos políticos lusos tende a desvalorizar todos os dias.
São coisas que acontecem.
Volte sempre.
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